Conteúdo atualizado em 05/12/2024 por Kate Moraes

Nos últimos anos, os strip malls têm ganhado destaque no cenário do varejo brasileiro, oferecendo uma alternativa prática e atraente aos tradicionais shoppings e centros de compras. Este modelo, caracterizado por lojas alinhadas em um único edifício com acesso direto ao estacionamento, está se tornando cada vez mais popular entre consumidores e investidores. Para entender melhor o perfil destes empreendimentos, a Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls) realizou o Censo Brasileiro de Strip Malls, em parceria com o Brain Instituto de Pesquisa. O estudo foi tema da reportagem “Strip Malls: conheça as vantagens desse tipo de centro comercial” de Cibele Gandolpho para o Diário do Comércio.

O crescimento dos strip malls no Brasil

De acordo com o estudo, o número de strip malls no Brasil cresceu 50% desde a pandemia. Atualmente, cerca de 50% desses empreendimentos têm até cinco anos de existência, e 79% possuem menos de dez anos.

Janice Mendes, diretora-executiva da ABMalls, explica que o aumento no número de strip malls e a sua distribuição em diferentes regiões do Brasil podem ser atribuídos a mudanças nos padrões de consumo e ao desenvolvimento urbano. “Tivemos mudanças nos padrões de consumo, desenvolvimento urbano e estratégias de expansão de varejistas. Além disso, a pandemia intensificou consideravelmente o varejo de proximidade, fazendo com que várias redes aderissem a essa modalidade”, afirma Mendes.

Características e vantagens dos strip malls

Os strip malls são conhecidos por exigirem investimentos menores em comparação aos centros comerciais tradicionais e por oferecerem uma experiência de compra rápida e conveniente. Eles são projetados para atender ao comércio de vizinhança, com uma ampla gama de lojas e serviços em um único local. A ABMalls aponta que os strip malls são geralmente compostos por uma média de 14 lojas, incluindo âncoras como academias, mercados e farmácias.

Marcos Saad, sócio da MEC Malls, que opera 25 empreendimentos no Brasil, destaca o apelo desses centros comerciais: “O consumidor que frequenta o strip mall busca soluções rápidas para o dia a dia. Por isso, supermercados, drogarias, laboratórios, restaurantes drive-thru, academia e pet shops têm migrado, cada vez mais, para esse tipo de empreendimento”, afirma.

Além disso, Luiz Alberto Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls, observa que os strip malls estão se tornando uma alternativa viável ao comércio de rua: “À medida que os shoppings se tornam destinos de lazer, gastronomia e serviços, as pessoas sentem falta de um centro para compras e pequenos serviços, com pet shop, padaria, academia, farmácia. E tudo isso mais perto de casa ou do trabalho.”

Distribuição e Tendências Futuras

O Censo revela que a região Sudeste concentra 74% dos strip malls, seguida pelo Nordeste (13%), Sul (9%) e Centro-Oeste (4%). A crescente presença desses centros comerciais em outras regiões, além da Sudeste, demonstra uma expansão significativa e uma adaptação às necessidades locais.

Janice Mendes também destaca o processo de “tropicalização” dos strip malls no Brasil: “Observamos uma capacidade desses centros comerciais de se adaptarem a diferentes regiões e perfis de consumidores, desde áreas densamente povoadas até comunidades mais afastadas dos grandes centros urbanos.”

Para os próximos anos, a expectativa é de um crescimento contínuo. Mendes acredita que o segmento vai “crescer muito mais e veremos a consolidação dessas vertentes.” Para ler a reportagem completa, acesse o link.

Imagem: MEC Malls/Divulgação

Autor(a)

  • Kate Moraes é assessora de imprensa e produtora de conteúdo da Gouvêa Ecosystem. Formada em jornalismo pela PUC-Rio, com MBA em Marketing, tem mestrado em Gestão Internacional pela Université Pierre-Mendes, na França. Ao longo de sua carreira, trabalhou com comunicação e eventos, atuando nas áreas de Construção Civil, Educação Internacional, Logística, Resseguro, Saúde, Tecnologia, Telecomunicações, Terceiro Setor e Varejo.

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