Conteúdo atualizado em 14/12/2024 por Paulo Machado
Hoje, dia 12, Luiz Alberto Marinho e Janice Mendes, sócios-diretores da Gouvêa Malls, marcaram presença em quatro reportagens do Especial Shopping Center do Valor Econômico, nas quais compartilharam suas visões sobre a evolução dos centros comerciais no Brasil e no mundo. Com vasta experiência no setor, os executivos explicaram como os shoppings estão se adaptando ao novo comportamento do consumidor, priorizando lazer, entretenimento e experiências imersivas.
O futuro dos shoppings: experiência e lazer no centro das estratégias
Na matéria “Entretenimento e lazer ganham protagonismo nos centros de compra”, Janice Mendes destacou a transformação dos shoppings em espaços que vão além das lojas, com foco em conceitos como Location Based Entertainment (LBE). Um exemplo desta tendência é o X-Madri, na Espanha, que passou por uma reforma em 2019 e se reinventou como um “shopping resort”. Com uma oferta de serviços voltados para gastronomia e entretenimento, o X-Madri passou a ter 55% de suas operações dedicadas a essas áreas, superando os tradicionais shoppings, que têm menos de 25% de operações voltadas para esse fim. Para Janice, a chave dessa mudança está em transformar espaços em lugares com o conceito de “share of life”, criando destinos imersivos e únicos para os consumidores.
A revolução do entretenimento nos shoppings: tendências crescentes
A estratégia de transformar centros comerciais em destinos de experiência tem ganhado força. De acordo com a matéria, dados da Abrasce mostram que 31% dos consumidores buscam atividades de lazer e entretenimento nos shoppings. Além disso, a gastronomia tem se expandido, representando atualmente 17,5% das lojas nos malls. Em 2023, os 639 shoppings brasileiros registraram vendas de R$ 194,7 bilhões, com uma taxa de ocupação de 96,4%. Esse crescimento é impulsionado pela revitalização de espaços antigos e pela adaptação dos shoppings ao novo perfil do consumidor, que valoriza cada vez mais a experiência e a convivência social, em detrimento ao simples consumo de produtos.
Adaptação e gestão de shoppings de terceiros
Na matéria “Shoppings estão de casa cheia de novo”, Luiz Alberto Marinho ressaltou a importância da adaptação dos shoppings ao novo cenário de consumo e a crescente necessidade de redes de apoio para se destacar no mercado. Ele destacou a tendência de gestão de shoppings de terceiros, onde a integração em plataformas que conectam marcas, lojistas e consumidores se torna essencial. “É preciso fazer parte de alguma rede para ganhar força nas negociações e também para evoluir o modelo de negócios, de ‘real estate’ para um negócio de plataforma, que conecta pessoas com marcas, compradores e vendedores”, afirma Marinho.
A revolução do entretenimento nos shoppings brasileiros
A pesquisa da Abrasce também revelou que as atividades de entretenimento estão atraindo cada vez mais consumidores, com ênfase em eventos e experiências imersivas. Exemplos como o Estação, em Curitiba, e o SP Market, em São Paulo, ilustram como o foco no entretenimento tem sido bem-sucedido, aumentando o fluxo de visitantes e impulsionando as vendas. Esses shoppings estão se tornando centros de lazer, onde as pessoas não apenas compram, mas também vivenciam experiências culturais e de entretenimento.
Conclusão: o novo papel dos shoppings na sociedade
Em resumo, os shoppings estão se reinventando. O foco deixou de ser apenas o comércio de produtos e passou a ser a criação de experiências imersivas que conectam consumidores e marcas de maneira mais profunda. As tendências apontam para um futuro onde o lazer, a gastronomia e o entretenimento são os principais atrativos nos centros comerciais. Este novo modelo de shopping atende ao desejo de consumo e oferece momentos de lazer e socialização, fortalecendo a conexão com o público.
Além das matérias citadas acima, Marinho também deu entrevista para outras duas reportagens do caderno: “Fidelização auxilia oferta de experiências nos centros de compra” e “Descentralização de centros de compra para o interior se intensifica nos últimos dez anos” da jornalista Roseli Lopes.
